sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Avião


Quando se tem a alma errante, como eu, tudo são viagens. Ler um livro é uma viagem, ver um filme também. Mergulhar num disco pode ser uma viagem. Não preciso, por isso, de ir muito longe para ver coisas que nunca vi, ou para as sentir como nunca as tinha sentido antes. Quase todos os dias passeio por Lisboa como se estivesse do outro lado do mundo. E é mesmo assim: sinto a mesma estranheza, o mesmo espanto ou mesmo fascínio por Lisboa que senti por Dehli, Tóquio ou Pequim. Talvez porque sou daqueles que só viaja verdadeiramente dentro de si próprio.

1 comentário:

  1. ...é mesmo a verdadeira viagem, para os verdadeiros viajantes (a foto é bela!)

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